além da Amazônia

23/06/2008

Foi-se a Amazônia. Trabalho pode ser experiência interessante. No entanto, impede perspectivas diversas. Trabalho pode fazer com que você cresça, mas, na maior parte do tempo, te afoga em um eu que certamente não é o teu mesmo. As cidades da região vivem de forma precária e isolada, mas, de algum modo, há independência ideológica de informação, ou melhor, falta de informação midiática, o que não deixa de ter seu lado positivo. Eu poderia morar lá. Quando eu cansar de verdade, vou.  Não se precisa de muito para viver.

É positivo pensar que se pode começar tudo do zero, embora se saiba que nunca se pode retornar ao zero? Este continente sempre tentou recomeçar e nunca conseguiu. É uma prática cultuada nessas bandas. Aqui, que se faça uma “coivara”. Lá, lugar virgem, a energia estava no ar.

É só voltar e ter novamente preocupações gigantes com a minha conexão banda-larga. O desmatamento fica para trás.

E agora resta a fraqueza daquele que não se adaptou ao retorno do já iniciado.

(Expressões coletivas serão bem-vindas. E, respondendo a elas: sim, o fechamento da temporada foi patético e previsível. Não me frustrou.

E: é, eu parei. Mas as razões são nobres. Interessa saber se há ou não amanhã para escrever? Como se o amanhã fosse o agora, ou como se não houvesse amanhã, isso importa? Sou uma empurradora de pensamentos; jogo-os no abismo e é tão difícil segurá-los. Escorrengam entre os dedos. Vão-se quando estou longe.

Ontem tive um forte desejo e o desejo se realizou.)


“Hey, boy, do you wanna score?”

Why don’t you take a good look at yourself and describe what you see,
And baby, do you like it?
There you sit, sitting spare like a book on a shelf rustin’
Ah, not trying to fight it.
You really don’t care if they’re coming,
I know that it’s all a state of mind.

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